Em todo o cenário nacional já não se fala de outra coisa a não ser política. Todas as cidades já estão em polvorosa com o mês de outubro que já se aproxima. O banquete está posto.
Em Pará de Minas parece que alguns traumas do passado estão medrando os candidatos. Ninguém se anunciou como candidato até agora. Num silêncio aterrador o eleitorado vai ter de decidir de última hora. Boatos, disse-me-disse, fofocas são as únicas fontes de se saber quem é candidato a prefeito ou vereador na nossa cidade. Mas o trauma se justifica.
No passado todos os que entraram nas eleições cantando a vitória foram expurgados tão rapidamente quando anunciaram suas candidaturas. Agora o momento é de cautela. O tempero deve ser adicionado ao banquete de forma paulatina.
Lembremos que eleições anteriores o candidato de pé-no-chão (Silésio Mendonça) e que gastou vários pares se sapatos deu um banho nos demais concorrentes. Inácio Franco sempre entrava apontando seu poderio empresarial e gastou tempos para ser eleito. Tilili fez o que pode, mas para ser eleito foi a duras penas e forte apoio.
Alguns cidadãos até então desconhecidos da maioria da população estão anunciando que vão ser candidatos. Melhor dizendo: seus amigos anunciam suas candidaturas, mas os próprios cidadãos cotados ao paço municipal não se manifestam. Fortalece mais ainda o clima de insegurança e suspense. Ainda não levaram o galo ao fogo. Nosso banquete está em banho-maria.
Nas eleições estaduais passadas o empate técnico entre nossos dois deputados criaram um divisor de águas na cidade que fez as estruturas políticas da região se abalarem. Agora cada um dos deputados quer fazer seu prefeito em Pará de Minas e ainda arrebanhar algum município vizinho para o seu eleitorado.
Criada uma falsa calmaria a cidade de Pará de Minas, na verdade, está fervilhando como um caldeirão suculento. Encontros, articulações. Cada um esperando que o outro se manifeste para que então rearranje suas bases para combater o adversário. E assim o impasse continua. Parece briga de rua entre estudantes colegiais que ficam ameaçando quem vai dar o primeiro sopapo e a briga não sai nunca. O povo fica de fora esperando, olhando, tentando perceber algo, mas nada acontece e a vida continua.
Brevemente o cartório eleitoral vai anunciar o fechamento de suas portas para os registros, então, no último dia, na undécima hora, se formará uma fila. Ninguém vai querer ficar em primeiro lugar para ter a oportunidade de alterar algo quando primeiro registrar sua candidatura ao cargo de prefeito.
E parece que o clima de suspense está atingindo os candidatos à vereança. De uma infinidade de candidatos a vereadores apenas os míseros tradicionais “sempre-candidatos” já anunciam sua vontade de assumir o legislativo municipal.
Mas todo este fenômeno apontado acima pode ter um sinal de bondade: a concorrência de qualidade.
Entendo que cada uma das lideranças políticas quer fazer a melhor “chapa” para lançar aos nossos eleitores. Bom sinal. Com a concorrência neste patamar somente teremos os melhores nomes de cada um dos lados. Cada qual querendo apresentar o melhor possível. Sintoma agradável para um cenário político.
Nomes de primeira linhagem. Plataforma política de maior interesse à comunidade. Propostas políticas verdadeiramente boas para todos os cidadãos. Planos de gestão governamental com a finalidade de implementar todos os ramos da sociedade: saúde, educação, agropecuária, transito, segurança, etc..
Ou seja, os chefes da política paraminense estão preparando um saudável banquete para o eleitor. Temos de escolher o melhor ‘prato’. Algumas pessoas aventureiras vão apresentar pratos exóticos para nosso banquete eleitoral e devemos ter cuidado para não escolhermos uma futura indigestão.
Pelo fervor da água desta água já podemos imaginar o que haveremos de ter pela frente. Diante deste suspense cabe a nós rememorarmos o que já tivemos de engolir e não mais optar por um simples feijão-com-arroz.
Bom apetite.
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