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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Dona de casa quer ser Política

Uma dona de casa aproximando-se de mim disse que reúne sozinha todas as qualidades necessárias a ocupar um “cargo” de “política”. Vendo naquela simplicidade uma grande firmeza no que dizia, pedi a ela que justificasse seu argumento. O que ouvi foi interessante. Pueril, mas ainda sim, interessante:

Uma dona de casa e seu esposo planejam a vida em comum; já o prefeito precisa planejar para uma cidade inteira.

Uma dona de casa precisa de uma casa para seus filhos; um político precisa resolver a questão habitacional de sua cidade.

Uma dona de casa está ligada a encontros de mães, pastorais da família, grupos de oração; o político participa de todos os aglomerados de pessoas que querem o bem da coletividade, El á deve participar ativamente.

A mãe de família precisa de dar conta de um primeiro emprego para seu filho; o político precisa desenvolver um parque industrial no seu estado e abrir vagas sem fim para absorver os desempregados e a nova mão-de-obra que surge.

A dona de casa não pode deixar seu filho morrer à míngua por causa de uma doença; o prefeito precisa de zelar pela saúde de todos os seus munícipes através da implantação de uma rede pública de saúde que a todos atenda pretativamente.

A mãe de família precisa levar seus filhos à escola, creche, faculdade; o político tem que estar com as escolas devidamente adequadas a receber toda a demanda estudantil de forma correta e com qualidade.

A dona de casa quer seu filho um grande atleta e desportista; o político deve se desdobrar em projetos de lazer que incentive o esporte e a cultura.

A mãe de família não dorme enquanto seu filho não volta para casa são e salvo da violência da cidade; o prefeito tem de dar conta de uma boa segurança aos cidadãos de sua cidade através de planos e projetos conjuntos com as chefias militares da região.

A dona de casa quer no final de semana poder divertir e ter o merecido lazer com seus filhos; o político tem de diuturnamente estar atendo ao desenvolvimento do turismo, incentivando-o, e possibilitando-o através de melhorias e investimentos aos usuários destes lazeres.

A mãe de família luta diariamente para que suas crianças tenham o de comer nas horas necessárias e que a alimentação seja de boa qualidade; o prefeito tem de estar atento à produção rural para crescer no mais que possível for, para incrementar o crescimento agrícola da região.

A dona de casa no final do mês fecha suas continhas estando em dia com todas as obrigações sociais, taxas, impostos etc.; o prefeito deve gastar com cuidado o que recebe e procurar minimizar para todos os impostos que tem controle.

A mãe de família preocupa-se em economizar tanto quando pode para construir seu barraquinho e ter uma casa própria; o político com o dinheiro do contribuinte deve dar o maior investimento possível á urbanização da cidade para que o crescimento seja ordeiro e sustentável e além do mais acessível a todos os cidadãos.

A dona de casa no mais das vezes sobrevive com um mísero salário mínimo; o prefeito deve com as verbas recebidas dar-lhes a correta destinação e angariar o maior número receita para as melhorias da cidade.

A mãe de família para a realização de todas estas tarefas tem a opinião e ajuda de seus demais entes familiares; um político tem assessores e secretários para auxílio em todas as suas diversas áreas de atuação.

A dona de casa com pulso forte educa seus filhos e lhes dá o direcionamento ético e moral para seguir; um prefeito tem de ser forte com seus subordinados quando necessário para o bem da cidade.

Assim foi discorrendo esta singela senhora para concluir que ela seria muito mais recomendável para tomar conta de um cargo político que várias das figuras que atualmente encontram-se no poder.

Sua manifestação fez-me pensar que realmente não é má idéia uma dona de casa na direção de um ente da federação (estado ou município). Mesmo porque depois de longos anos de presidências republicanas comandadas por artífices políticos, por socialistas e outras raposas velhas de carreira, quando o Brasil ficou sob a direção de um operário não podemos negar que nossa situação mudou para melhor. O operário que nos lidera hoje, tal qual a dona de casa, tratou do país como tratava seus afazeres de empregado sindicalista. Tirou-nos de uma dívida externa, cresceu a economia, diminuiu o ‘Risco Brasil’ levou-nos ao grupo dos grandes do planeta, e por fim, somos um país para excelentes investimentos em todos os ramos. As bolsas de valores atualmente não param de superar seus índices. Esta dona de casa que não tem vinculação nenhuma com políticas e politiqueiros pode ser uma opção para uma boa reforma política nacional. Pena que durante o dia, em sol de maio, é necessário uma lanterna para encontrar tal pessoa com esta disposição.

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