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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Hunyverçitarius anauphabethos

http://www.portalexamedeordem.com.br/blog/2012/11/pesquisador-conclui-que-mais-de-50-dos-universitarios-sao-analfabetos-funcionais/

Publicado em 27-11-12 no Portal Exame de Ordem:

Ontem à noite foi veiculada no DF/TV, 2ª Edição, da Rede Globo, uma reportagem sobre uma pesquisa conduzida pela Universidade Católica de Brasília, em que mais de 50% dos cerca de 800 universitários avaliados sofrem com o analfabetismo funcional, ou seja, não conseguem compreender o que leem.

A pesquisa avaliou o modo de estudar, o tempo de dedicação, características sócios-culturais e formação. A conclusão é que muitos universitários entram na faculdade sem ter o hábito de estudo, aprenderam o conteúdo de forma superficial, costumam decorar ao invés de entender e muitos são analfabetos funcionais.

Foram avaliados universitários de 6 cursos diferentes em 4 faculdades. Confiram a matéria:

Pesquisador conclui que mais de 50% dos universitários são analfabetos funcionais (clique para abrir o link)

Pergunta básica: como um analfabeto funcional consegue adentrar uma faculdade?

Pergunta básica 2: como este percentual representa mais de 50% do grupo estudado?

A constatação da pesquisa mostra o rumo escolhido para a formação universitária dos jovens do país: a inclusão a qualquer preço. O importante, dentro da lógica deste sistema, é assegurar o lucro, pois ensino também é negócio.

Um diploma não prova que seu portador tem a formação indicada. Se o sistema admite o analfabeto funcional, o sistema também o diplomará. A graduação passa a ser formal e não real.

Quando os estudos terminam e a vida profissional se apresenta ao recém-formado, as deficiências na aprendizagem se manifestam e a exclusão do mercado passa a ser a perspectiva mais provável.

Estamos vivendo um real bolha educacional: a entrega para a sociedade de formados sem formação. O mercado precisa de profissionais aptos e a maior parte deste não conseguem exercer o ofício de forma satisfatória.

Moral da história: tempo e dinheiro gastos em uma formação incapaz de assegurar um emprego. E isso tudo faz parte de uma ampla política educacional, preocupada com números e não com a qualidade.

Pior de tudo: como convencer quem tem um diploma na mão, reconhecido pelo MEC, de que aquele diploma na verdade não serve de muita coisa?

Aliás, falando em MEC, como uma situação como esta é admitida? Que diretrizes educacionais são estas?

Este é o Brasil.

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