Páginas

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

alguns velhos e bons conselhos

Os conselhos abaixo foram dados no ano de 63 depois de Cristo. Mas ainda é necessário repensar.

Têm razão os que ensinam que é necessário abster-se de fazer algo quando se hesita se é justo ou injusto. Com efeito, a igualdade brilha por si mesma: a dúvida é sempre presunção de injustiça.

Nada mais louvável, nada mais digno de um grande coração que a clemência e o esquecimento de ofensas.

A fúria não se consente aos governantes, que devem ser como as leis, que punem não por fúria, mas por justiça.

Modéstia, moderação e recato: adornos da vida; apaziguadores de todas as paixões; medida de tudo.

A inexperiência dos moços precisa ser conduzida pela sabedoria dos velhos.

O velho é duplamente responsável pala mácula com que se cobre e pelo mau exemplo que dá aos jovens, cuja petulância torna-se mais grave.

Os magistrados devem compenetrar-se da idéia que representam a República e que lhes cabe sustentar a decência, manter as leis, distribuir justiça e ter presente tudo o mais do que são depositários

As coisas caminham mal quando se procura obtê-las a peso de ouro, uma vez que devem ser recompensa da virtude.

Para atingir o ponto mais alto da glória política temos de ambicionar três coisas: que o povo nos ame, que tenha confiança em nós e que nos admire e respeite.

O caminho mais seguro e mais curto de chegar à glória é ser o que se quer parecer.

Um benefício malfeito merece chamar-se malefício.

A essência de todo Estado é que cada um possa possuir, com segurança o que é seu, sem temer que se lhe o tire.

A boa-fé é o apoio mais firme de um Estado, e que não existe boa-fé quando os devedores podem se desobrigar de pagar o que pediram emprestado.

Nada há de mais contrário à natureza que espoliar outrem de seus bens, aproveitando-se deles e expondo o semelhante a todas as desgraças, aos males do corpo, às penas do espírito, supondo que a justiça não esteja interessada. A justiça, virtude por excelência, é senhora e rainha de todas as virtudes.

Caso uma pessoa se encontre na condição de julgar seu amigo, ela se desapossará do título de amigo para receber o de juiz.

Ato fraudulento: é aquele que tem mais de aparência que de realidade.

Seja o vendedor fiador do comprador dos vícios que não lho advertiu.

Sempre termine um contrato assim: .. a fim que que de vós e de vossa fé eu não receba perdas e danos. Ou ainda: ...como se age entre pessoas honestas, e sem nenhuma fraude.

Prudência: discernimento entre o bem e o mal.

Nenhum comentário: