sexta-feira, 25 de abril de 2008
com um pires na mão
domingo, 20 de abril de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
O empresariado de Pará de Minas
Mas o Sr. Roger Agnelli tem um curriculum de grande extensão, digno de estar à cabeceira de uma das maiores mineradoras do mundo e uma página especial na Wikipédia.
Já o empresariado de Pará de Minas vive numa agonia sem tamanho quando tem de se expressar de alguma forma mais condizente com o mercado atual. Não ouso chamá-los de “empresários”. São comerciantes, mascates bem sucedidos. Nada mais.
Existe em Pará de Minas o prêmio anualmente disputado (vendido) de “O Empresário do Ano”. Presenteia pessoas que realmente fazem-se destacar na coleta de fundos monetários para suas burras. Mas não se pode chamá-los empreendedores de mercado propriamente ditos. Empresários é expressão digna de poucos.
Mas conversar com uma pessoa desta é, de fato, lastimável exercício de paciência.
Digo e provo: pergunte a um “empresário” paraminense o que significa alguma destas expressões a seguir e peça a ele para discorrer com propriedade sobre o tema: Risco Brasil; Fundos de investimento e fundos de pensão; Variação cambial e câmbio flutuante; Índice BOVESPA ou NASDAQ; Como funciona o mercado de ações? Moeda Podre pode ser legal? O que é Bolsa de Futuros?
Será que vão discorrer com tranqüilidade sobre o assunto? Será que um daqueles balanços publicados em jornais de grande circulação são lidos por eles e eles sabem interpretar aqueles números? Sabem o que é liquidez de uma empresa? Quantas empresas paraminenes estão aptas a receber os incentivos do PAC? Quantas empresas nossas usa recursos do FIP – IE disciplinado pela MP 348/07?
Esta displicência e ignorância do empresariado paraminense não é pecado algum. É a tradicional forma de comercializar cada um comprando barato e vendendo caro. Nada mais. Não são dignos de expressão mineira ou nacional no que tange a grandes debates mercadológicos de potencial econômico. Existe uma grande diferença entre saber vender e ser empresário. Ao que nos parece em Pará de Minas temos pessoas que sabem vender, mas jamais podemos dizer que temos empresários.
Mas um leitor sugestionou este tema com a finalidade de apontar este problema citadino¹ e vislumbrar uma solução.
É a seguinte solução que aponta: depois que Padre Paulo Pereira abriu o seu Malleus Maleficarum² e promoveu a excomunhão dos indigestos da FAPAM temos a oportunidade de cursos da Faculdade de Pará de Minas voltados a este tipo de pessoas que necessitam de aprofundamentos nestes assuntos.
Pará de Minas já dispôs tempos anteriores de uma Escola de Cidadania e Justiça onde muito contribuiu para as pessoas terem melhores noções sobre temas de grande importância para as situações então vividas.
O leitor argumentava comigo sobre a necessidade de um curso em Pará de Minas que ensinasse às pessoas ao menos perguntarem e questionarem as questões que acima propus. De fato não existe em nossa cidade quem argumente bem estas questões e sente-se que é uma obrigação daquele que se chama empresário saber sobre estes pontos sob pena de ser apenas um comerciante em expressão.
Falar sobre estas questões com propriedade é interessante para que possamos ver sob óticas diferentes as mesmas questões. Importante ouvir o noticiário econômico e saber se que aquele que dá a notícia diz verdade ou está mascarando uma determinada realidade. Quando o Willian Bonner fala sobre a baixa do Risco Brasil e a oportunidade de maiores investimentos exteriores junto ao mercado interno, o que devemos entender? E se o governo anuncia um programa conjuntural indexado e alavancado por rendas paralelas do mercado de ações, mas com a promessa de ter um equilíbrio inflacionário megacompatível no cenário setorial estruturalista do ramo empreendedorista imobiliário sem choques fiscais recessivos e subsidiados? Entenderemos a questão? O governo faz bem ou mal com um programa deste?
Saber economia, administração de empresas não deve ser regalia de executivos internacionais e sim de todo um povo para que este cidadão tenha como diagnosticar o termômetro monetário de seu país.
Por fim o leitor sugere que tenhamos em Pará de Minas, a exemplo da Escola de Cidadania, uma Escola de Economia para o cidadão comum. Uma semana empresarial verdadeiramente voltada a decifrar estes temas ainda estranhos no vocabulário do “empresariado” paraminense.
Fica a sugestão.
1. Citadino – Da cidade.
2. O Martelo das Bruxas ou O Martelo das Feiticeiras (título original em latim: Malleus Maleficarum) é uma espécie de manual de diagnóstico para bruxas, publicado em1487, dividindo-se em três partes: a primeira ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes; a segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os; e a terceira regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las (não necessariamente nesta ordem).
terça-feira, 15 de abril de 2008
Celular pistola!
Um amigo me mandou este vídeo e pediu para que eu fizesse um estudo.
Modestamente é o que tenho a afirmar:
Criatividade.. criatividade...
não falta criatividade para este pessoal.
Mas nesta arma me chama a atenção alguns detalhes técnicos:
Fechamento da arma: se for de plástico o cel deve ser algo bem resistente pois o trilho onde é encaixado é muito sutil para o recuo do calibre anunciado. Verifique que na parte de baixo do celular existe um tipo de travamento por mola (uma lingüeta que sobra), tanto que o atirador a puxa pela parte de baixo do celular, mas são elementos muito frágeis. Depois de unidas as duas partes do celular pelo trilho o atirador ainda faz um movimento de 'travar' este procedimento.
Outro fato interessante: não deu para ver o mecanismo de acionamento do gatilho, mas imagino que seja através de molas que são recolhidas quando da 'puxada' do travamento da arma. e os pinos (teclas do celular) destravam as molas que acionam o pino percursor da espoleta. (ver primeira figura abaixo)
Não é possível notar nenhum tipo de cano na arma, o que faz que o projétil saia sem a mínima orientação! isto é um perigo! sem orientação de direção pode acontecer do projétil tomar rumo até lateral ! veja bem: se um milímetro de folga a mais num dos lados da saída do estojo der vasão para a saída da polvora, ela vai usar deste escape e lançar a munição lateralmente.
Mas sem dúvidas para o tiro á queima roupa é uma arma extremamente eficaz, mas acredito que o poder letal é bem reduzido! note que a munição é propulsionada com pouquíssima polvora queimada.
Os canos de armas de .380 e 9mm curtas são no mínimo de 2 polegadas para que a polvora seja queimada na sua grande parten e assim utilizada para a propulsão do projétil. No caso em tela apenas um mínimo de polvora propulsiona a bala! Assim sendo não toma muita força! via de consequencia a letalidade da arma diminui demais.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Falsa acusação
Aberto estava indignado esta manhã.
Que lhe teria sucedido? Foi isto: desaparecera-lhe o álbum de colecionar selos.
Procurara-o por tôda parte, esquadrinhara as gavetas, a casa tôda, todos os recantos.
Era extraordinário! Ficou possesso. e, na inconsideração da cólera, acusou logo o Chico - um pobre rapazinho que vivia em sua casa, órfão de pai e mãe. Acusava-o sem fundamento, por simples suspeita.
Infelizmente - é a triste verdade! - Alberto tinha o mau hábito de atribuir ao pobre órfão tudo quanto acontecia de mal em sua casa.
D. Alcina, sua mãe, por várias vêzes já o havia reprendido severamente por causa dessa maldade, dizendo-lhe que nunca se devem fazer acusações leviana, nem mesmo contra um inimigo.
Mas Alberto não se corrigia e continuava a fazê-las contra o coitado do Chico, por uma espécie de vingança, para fazer mal ao rapazinho, com que não simpatizava, pois Chico era muito ajuizado e, sempre que D. Alcina ralhava com o filho,vinha à baila, como exemplo, o correto procedimento do menino.
- Mamãe quer muito bem ao Chico! dizia Alberto, enciumado.
- Pense na sua infeliz condição, meu filho, respondia-lhe D. Alcina: não tem pai, não tem mãe, não temnada no mundo! Vive por favor em nossa casa. É uma sorte tão triste a dêle, que difìcilmente você não está livre dela,meufilho. Reflita. Trate com carinho de irmão essa criança infeliz. Veja como Chico é humilde, como parece envergonhado dos favores que nos deve e como se esforça por ser-nos o menos pesado possível, como procede sempre e sempre de acôrdo com o que he recomendamos. É lá possível não se estimar uma criatura assim?
Pois bem, Alberto, continuou D. Alcina, por mais que eu o admire, por mais que o estime e lhe queira bem, essa amizad está longe de poder comparar-se ao amor que tenho por você, qu eé meu filho! Vê a diferença que há entre ter mãe e não a ter? Entende?
Mas Alberto, carrancudo e cabisbaixo permanecia insensível.
D. Alcina, então, calava-se, entristecida por não conseguir vibrar o coração do filho.
Desta vez, porém, nada lhe disse. Deixou-o que esbravejasse à vontade contra o Chico, que tinha saído a compras.
Quando êste chegava, Alberto ouvindo-lhe os passos no corredor, ia correr ao seu encontro, mas a uma severa ordem da mãe, deteve-se.
- Cale-se! Deixe que o Chico entre, depois conversaremos.
Neste instante, o menino apareceu na sala de jantar, curvado ao pêso da cesta de compras.
D. Alcina fê-lo aproximar e, dirigindo-se a Alberto, disse:
- Meu filho, tantas e tantas vêzes já o tenho repreendido pelo feio costume de levantar falsas acusações contra Chico. Não me tem ouvido. Oxalá sirva-lhe agora de proveitosa lição o que vai saber. Chico é um coração de ouro e um seu amigo, apesar de tantos motivos para odiá-lo.
Chico estava perplexo, de olhos arregalados, sem atinar claramente com as coisas.
- Aqui você tem o álbum de selos, continuou D. Alcina, apresentando o álbum ao filho. Eu o tinha comigo, guardado. Abra-o à página destinada aos selos do japão.
Alberto que, afinal, começava vagamento a prever o desfecho da cena, abriu, com mãos trêmulas, o seu álbum.
Oh! Mais três selos japonêses e justamente dos mais raros!
- Sabe a quem deve êsses selos? Ao Chico, meu filho. Comprou-os com o dinheiro que vem juntando há tanto tempo. Colocou-os aí e deu-me o álbum para guardar. Queria causar a você uma surpresa agradável. No entanto, como é que você ia pagar-lhe essa prova de amizade? Imputando-lhe um furto, caluniando-o!
Alberto, pálido e cabisbaixo, tinha os olhos cheios d'água.
E foi assim que êle estreitou ao peito o pobre Chico, emq uem acabava de reconhecer um amigo admirável...
Este texto e os dois abaixo foram extraídos de uma gramática com a qual minha Avó paterna ensinava na zona rural de São Gonçalo do Pará, Conceição do Pará e Pará de Minas. Obra de Luíz Gonçaga Fleury editada em 1947.
MEDITANDO
Eu trabalho o dia inteiro,
Sem descanço, mas contente;
Ganho sempre algum dinheiro;
De ninguem sou dependente;
A mamãe,que é viúva, ajudo
Na manutenão do lar;
Vagares passo-os no estudo
E, à noite, as lições vou dar.
com ser vulgar "engraxate"
Eu nõa me sinto humilhado;
Ms a ignorência me abate:
Quero melhorar de estado.
Sabem por quê? Não por mim...
- A glórias não faço jus -
E bem viveria, enfim,
Do que eta escôva produz.
Dentro, porém de alguns anos,
ganahndo mais, ambiciono
Livrar a mamãe e os manos
Da miséria e do abandono...
BOA LIÇÃO
Renato e Vicente bincavam no quintal, sentados ao ppé de uma goiabeira, quando erguendo os olhos, Renato enxergou, meio oculta na folhagem, linda goiaba, inteiramente amarelinha.
- Oh, uqe bonita goiaba! Exclamou com a boca Cheiad'água. Vou subir à goiabeira para apanhá-la. Cada um de nós ficará com a metade, Vicente.
Disse e foi trapando pelo tronco da árvore.
Vicente era, porém, guloso e pensou em comer sòzinho a goiaba.
Num abrir e fechar de olhos, agarrou um cado de telha e arremessou-o à fruta para derrubá-la.
- Não, Vicente!" ora, não atire pedraa! dizia Renato. Do contrário, a goiaba irá esborrachar-se no chão. Espere, que eu a colho.
Vicente, porém, não he dava ouvidos e as pedras continuavam a subir, zunindo...
- Vicente! Vicente! Olhe que me vai acertar uma pedrada! Não seja teimoso!
-Qual o quê! respondeu vicente. Quem comerá a goiaba inteirinha, está aqui!
E batia no peito.
REnato, então, sem se imortar coma as pedradas, apressou-se em colhês a fruta. Estendia já a mão para alcançá-la, quando recebeu uma pedrada na cabeça. Com um grito, perdendo o equilíbrio, desprendeu-se da árvore e tombou ao chão, não sofrendo na queda, felizmente, nenhum ferimento.
Doía-lhe, porém, muito o ponto da cabeça atingido pela dedrada. Contudo, nada fêz a Vicente. Disse-lhe apenas:
- Bem vejo que você é um menino guloso, egoísta, perverso e que não estima os companheiros. lá está a goiaba! Vá fartar-se com ela! Mas não me procure mais. Não devo andar em sua companhia, que é inconveniente.
É inútil dizer que Vicente estava desapontadíssimo, muito pálido. Sem mais pensar na goiaba, sem palavras, foi-se afastando, cabisbaixo. Mas, no dia seguinte, forçado pelo arrempedimento, escreveu a Renato um bilhete, pedindo-lhe desculpas pelso feio procedimento da véspera. Renato, dotado de coração generoso, soube perdoar turo e tudo esquecer.
Preservei a grafia original.