Em participativa reunião, a representação maior da sociedade de Pará de Minas, em colegiado, decidiu os pontos básicos e principais da nossa recepção aos Jogos Jurídicos patrocinada pelos estudantes de Direito da Faculdades de Direito de Belo Horizonte e algumas do interior de Minas Gerais.
Diz, e diz bem o ditado que “gato escaldado tem medo de água fria”. Assim estes representantes mostraram as várias constatações do encontro de estudantes de medicina que aconteceu recentemente aos organizadores do evento de direito para que os pontos positivos repetissem e os negativos fossem evitados.
Participaram do encontro: três estudantes das Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, que organizam o evento; o Professor Doutor Paulo que leciona a estes alunos e é de Pará de Minas (Matinha como ele mesmo disse); Major Vargas Comandante da 19ª CIA de Polícia; Dr. Carlos Donizetti Juiz da Vara Criminal, Infância e Juventude; Dr. Augusto Costa Neto Delegado Regional de Polícia Civil; Paulo Vasconcelos Marinho presidente do CONSEP; Tânia Morato Superintendente de Ensino Público Estadual; Dr. Daniel Promotor de Justiça; Marco Aurélio vereador e diretor do Colégio São Francisco (onde os estudantes hão de se hospedar); Dr. Giovane Mendonça Professor da FAPAM e Advogado da ASCIPAM; representantes da Paróquia de são Francisco; este que vos escreve. Reunião esta presidida pelo Prefeito Zezé Porfírio.
Ou seja, toda a representação social interessada em movimentos como estes na cidade de Pará de Minas estavam presentes e manifestaram livremente suas opiniões, críticas e sugestões que eram prontamente anotadas pelos organizadores que deram todas as explicações necessárias aos interessados.
Pontos que julguei interessante notar são relativos, principalmente, com o comportamento dos estudantes na nossa cidade. Não se pode negar que a vinda deles nos reflete excelentes frutos, especialmente no comércio. E quando o comércio é incentivado uma “bola de neve” surge, e todos são afetados – beneficamente – com as rendas deixadas pelos visitantes. Suas experiências com a nossa população também são difundidas nos seus respectivos meios.
De fato, coube crítica a questão afeta ao comportamento. O Professor Doutor Paulo muito bem explanou sobre a questão relembrando que trata-se de jovens, que e a aglomeração dos mesmos faz com que um fato ou outro ocorra que mereça reprimenda. Mas tal ponderação foi bem entendida. Lembremos que todos nós, um dia, fomos jovens e nos divertimos mais livremente. Nossos jovens sempre se reúnem e terminam por causar um e outro fato desagradável a nossas famílias. Não haverá de ser diferentes com estes outros.
Pará de Minas, com estas duas visitas (acadêmicos de medicina e direito) aprenderá muito como recepcionar estes lustres visitantes e se tornar verdadeiramente hospitaleira. Atualmente não participamos do circuito de nenhum evento de âmbito nacional ou estadual. Pará de Minas não possui grandes atrativos turísticos. Nossas “sete maravilhas” não são conhecidas nem por nós mesmos. Devemos difundir o bom nome nestes cenários acadêmicos para incentivar a propagação de nosso bom nome. As oportunidades aparecem. Devemos aproveitá-las.
Certo é que um e outro fato podem ocorrer e merecer uma resposta enérgica por parte das autoridades. Mas vejamos que várias cidades lutam ardorosamente para receber eventos desta modalidade justamente por compreender os benefícios que acompanham. Perder a boa fama de cidade acolhedora, é fato que muito faz por deixar Pará de Minas má cotada para outros eventos importantes como estes.
Estudantes de direito são cientes de suas responsabilidades e querem um dia ser grandes doutores sem ficha suja numa delegacia. Por este motivo agem socialmente com maior zelo em seus comportamentos. Queremos crer que em nossa cidade hão de agir de forma civilizada. Seria muito infeliz não recebê-los e que outras cidades não os recebam sob o preconceito – infundado – que “universitário é pessoa baderneira”. Seria fechar as portas para o intercambio social.
Para os excessos cometidos a segurança pública haverá de agir com mão forte.
São sementes de hospitalidade que bem germinadas farão apresentar Pará de Minas no contexto mineiro e nacional como sendo aprazível no circuito de eventos da espécie. Somente teremos a ganhar neste sentido. Imaginemos que em uma reunião de Diretório Central de Estudantes quando verificarem as cidades mais acolhedoras, de boa receptividade e estruturas para tais eventos, Pará de Minas sendo a contada em primeiro lugar no rol de eventuais candidatas! Bem disse um dos participantes que ser sede de eventos como este é comparativo a ganhar para ser sede de uma olimpíada ou copa, respeitadas as proporções, mas os reflexos são semelhantes. É ter na cidade estrutura e comodidade para estes eventos e outros de porte semelhante. São obras que o poder público deve incrementar para receber estas pessoas, mas no decorrer de todo o ano servem para os jovens e para todos os projetos de nossa cidade aplicar em nossos munícipes.
Uma cidade que não recebe estes eventos perde. Perdendo estas estruturas físicas, e estruturas psico-sociais perdemos nós. É uma propaganda que cabe a cada um de nós fazer da sociedade de Pará de Minas como um todo.
Ficou bem entendido de a cumulação de eventos (Parque de Exposições e INTERMED) não é uma experiência agradável, e será evitada. Bem esclarecido que a cidade quer receber, mas receber pessoas ordeiras e tratar bem pessoas que assim mereçam ser recepcionadas.
Seus eventos serão o mais restritos possível aos seus participantes (estudantes de direito) para que em eventualidades seja fácil discernir quem é quem nos fatos eventualmente dignos de nota, para uma atribuição de responsabilidades.
Cientificados de nossa boa vontade em sediar seus jogos e confraternização, contudo que o façam de forma ordeira, sempre estaremos de baços abertos como o Cristo Redentor no alto da serra.
Melhor receber estes estudantes agora que a migração de bandidos que avassalará nossa “terra dos teares” quando da efetiva duplicação da BR 262. Os estudantes podem não voltar, mas os traficantes de Betim, Contagem e outras cidades aqui por perto já pensam em estabelecer em definitivo em Pará de Minas!
Disseram que usam maconha! Antes usuários que traficantes. E quanto aos traficantes poucas reuniões como esta são feitas para discutir o tema. Se hoje na sua juventude fumam, pensemos que são de classes socialmente boas e vão deixar este malefício e se tornarem grandes doutores (médicos, juizes, advogados, promotores, delegados, etc) e vão retornar a nossa cidade com a impressão que dermos agora: acolhedora no receber e rigorosa no reprimir!
Melhor recebê-los e difundir uma idéia de boa cidade para no futuro venham dividir conosco suas profissões e estejamos de portas abertas – sim – para profissionais formados e não para bandidos de toda ordem.
Se recebermos bem estudantes haveremos de receber melhor ainda as empresas que estes (futuros empresários) vão trabalhar, e sabendo de nossa boa educação e rigor com desmandos, certo que hão de optar por estabelecerem suas empresas aqui.
Tudo isto refletiu bem o que o grande formador de opinião Luiz Viana David colocou no seu blog: não confrontar dois eventos na mesma oportunidade; estabelecer um bom canal de comunicação entre organizadores e sociedade; cumprir a lei rigorosamente, especialmente em se tratando de estudantes de direito. Apenas restando um ponto: estes poderiam ser recebidos no Parque de Exposições que, a nosso sentir comporta – estruturalmente – a acolhida destes visitantes.
Assim sendo, cumpre a nós darmos as boas vindas a todos estudantes – e digo não somente aos de direito – mas a todos os outros cursos universitários que vierem a realizar seus encontros em nossa cidade.
Felicito o Prefeito Zezé Porfírio por manter-se firme no propósito de ter esta saudável juventude em nosso meio. Certo é que este fato haverá de rejuvenescer algumas cabeças retrógradas de nossa cidade: outro ponto favorável a vinda destes estudantes.