O Esporte do tiro, em todas as suas variantes (com arco, esportivo, caça, etc.) é uma forma de se divertir numa atividade sadia e que desperta várias evoluções na vida pessoal.
É este o tema que quero abordar aqui de forma simples, mas a dar início a um salutar debate.
Noto que o tiro, por suas características, faz com que algumas habilidades pessoais surjam ou que as já existentes sejam mais trabalhadas.
Vejamos:
O tiro necessita de armas milimetricamente ‘afinadas’ ou seja, miras calibradas, partes móveis bem encaixadas, limpeza impecável! Uma boa mira ou ‘visada’ somente é efetuada depois de muitos exercícios de postura e respiração. Para os praticantes de IPSC onde o atirador se movimenta atirando estas ‘visadas’ são ainda mais dificultosas. Ainda falando em miras e visadas, os atiradores de calibres pesados tem um ponto desconfortável para administrar que são os recuos de suas armas, devendo sempre estar atentos a tal fator. Os caçadores sempre fazendo suas visadas em situações de alta circulação de adrenalina ou em posições extremamente incômodas. Os atiradores com arco sempre fazendo seus cálculos mentais sobre o curso hiperbólico da seta. Os atiradores de elite e franco-atiradores conjugando seus esforços com o spotter. E por aí afora.
A recarga é um verdadeiro exercício de alquimia obrigando o atirador / recarregador a ter noções quantitativas e qualitativas de toda ordem associadas a vários outros fatores. Explico: uma determinada quantidade de pólvora que o recarregador pretende alterar para mais ou para menos, sempre deverá ter em mente os seguintes fatores e fazer a mais perfeita conjugação entre eles: ponta a ser utilizada, espoleta, qualidade dos estojos, arma que vai ser utilizada, tamanho do cano, alvo que vá fazer uso, etc, etc, etc...
Todos estes pontos acima citados são efetuados em medidas de peso, comprimento, altura, força, pressão, nas casas centesimais ou milimesimais de cada unidade a ser aquilatada.
A precisão é extremada!
Tudo isto a fazer desenvolver no atirador rigorismo e aferição em tudo o que vai operar na sua vida pessoal e profissional. É como eu dizia no início: o esporte modificando e criando no profissional e na pessoa, características que tendem a uma perfeição também milimétrica.
Os atiradores se tornam pessoas rigorosas consigo mesmo, criteriosas nos seus afazeres, zelosas nos seus objetos.
É comum que eu visite as residências de amigos meus atiradores e verificando seus escritórios noto um esmero exagerado na arrumação e colocação das coisas sobre as mesas nos armários. Um requinte de organização que nos leva àquelas medidas milimétricas com que efetuam os ajustes em suas armas.
Seus carros são limpos com o cuidado com que se limpa uma arma. Seus projetos desenhados na ponta de esquadros e paquímetros digitais. Seus negócios obedecem uma linha tão rigorosa quanto às miras efetuadas na pratica do esporte.
Sua mente desenvolve capacidades de argumentação, lógica, ética, moral, e de raciocínio em geral conjugando fatores e conhecimentos de todas as esferas do saber adquirido, tal qual efetua as operações de recarga.
Sua convivência social se dá na mesma proporção íntima da relação entre atirador e spotter.
Um atirador é uma pessoa da qual deve-se ter um grande respeito pelo seu saber e sua forma de agir, eis que age sempre antecedendo seu pensamento ao ato a ser praticado. Ou seja, um atirador quando vai proceder a qualquer trabalho, quando vai emitir uma opinião sempre analisa, aquilata, pesa e sobrepesa antes de efetivamente agir e falar.
Geralmente todo atirador é excelente na cozinha. Sim! Verifique que na composição e elaboração de cargas e recargas é exigido dele muito mais que a fritura de um ovo. Em churrascos que vou, os atiradores e especialmente os dedicados à caça são os primeiros a cortar e temperar a carne. Tenho um grande amigo, atirador com arco que é exímio gourmet com a cozinha chamada de ‘pratos finos’, seu convite para jantar é uma alegria para os comensais.
O atirador deve sempre obedecer às regras de uma determinada arma, utilização de pólvoras, pontas etc. assim sendo sempre está atrelado a normativos que determinam o limite de seu agir. Neste contexto surge no atirador uma pessoa obediente ás regras legais (jurídicas) e ás demais regras sociais (morais, religiosas, culturais). Obediente a tais mandamentos sempre é cidadão cumpridor de seus deveres e obrigações.
E agora a mais importante característica que verifico na maioria arrasadora de todos os atiradores: o bom humor.
Depois de saber o efetivo resultado de um tiro, especialmente os caçadores que já viram caças decepadas e os praticantes de silhueta metálica que já furaram os alvos que geralmente são de aço, os atiradores descobrem o potencial mortífero de uma arma. Com isto jamais são incapazes de sequer imaginar fazer uso das mesmas contra seus semelhantes senão em ocasiões de extremada necessidade. O uso de uma arma nas mãos de um atirador contra uma pessoa somente se dá depois que todos os outros meios já foram tentados e não obtiveram sucesso. Não raro quando fazem uso não o executam de maneira mortal, mas apenas paliativa à situação.
Assim sendo vêem a efemeridade de uma vida. Com isto tornam-se pessoas alegres, divertidas que estão sempre a aproveitar este dom maravilhoso que é viver.
Todo atirador é um ‘piadista’. Todo atirador é bom em sátiras. Sempre rodeado de amigos faz a alegria crescer à sua volta. Todo atirador é bom companheiro para as noitadas. É bom na cozinha como já disse. E na cozinha bem elaborada que se ganha os amigos.
Ufano aqui neste texto o atirador para demonstrar que este cidadão desenvolve suas características de forma ímpar. O esporte constrói uma personalidade desejada no convívio social. Não quero dizer que outros esportes não levem às mesmas benéficas conseqüências pessoais. Digo sim que o tiro é uma forma de vida instrutiva e criativa.
Estou a vangloriar esta categoria esportiva eis que vejo alguns cidadãos que ao que me parece tem receio de anunciar que praticam este desporto. Tenham orgulho desta recreação, desta atividade que somente benefício traz. Não seja, caro amigo, preconceituoso consigo mesmo. Pratique a ufania ao atirador.
É este o tema que quero abordar aqui de forma simples, mas a dar início a um salutar debate.
Noto que o tiro, por suas características, faz com que algumas habilidades pessoais surjam ou que as já existentes sejam mais trabalhadas.
Vejamos:
O tiro necessita de armas milimetricamente ‘afinadas’ ou seja, miras calibradas, partes móveis bem encaixadas, limpeza impecável! Uma boa mira ou ‘visada’ somente é efetuada depois de muitos exercícios de postura e respiração. Para os praticantes de IPSC onde o atirador se movimenta atirando estas ‘visadas’ são ainda mais dificultosas. Ainda falando em miras e visadas, os atiradores de calibres pesados tem um ponto desconfortável para administrar que são os recuos de suas armas, devendo sempre estar atentos a tal fator. Os caçadores sempre fazendo suas visadas em situações de alta circulação de adrenalina ou em posições extremamente incômodas. Os atiradores com arco sempre fazendo seus cálculos mentais sobre o curso hiperbólico da seta. Os atiradores de elite e franco-atiradores conjugando seus esforços com o spotter. E por aí afora.
A recarga é um verdadeiro exercício de alquimia obrigando o atirador / recarregador a ter noções quantitativas e qualitativas de toda ordem associadas a vários outros fatores. Explico: uma determinada quantidade de pólvora que o recarregador pretende alterar para mais ou para menos, sempre deverá ter em mente os seguintes fatores e fazer a mais perfeita conjugação entre eles: ponta a ser utilizada, espoleta, qualidade dos estojos, arma que vai ser utilizada, tamanho do cano, alvo que vá fazer uso, etc, etc, etc...
Todos estes pontos acima citados são efetuados em medidas de peso, comprimento, altura, força, pressão, nas casas centesimais ou milimesimais de cada unidade a ser aquilatada.
A precisão é extremada!
Tudo isto a fazer desenvolver no atirador rigorismo e aferição em tudo o que vai operar na sua vida pessoal e profissional. É como eu dizia no início: o esporte modificando e criando no profissional e na pessoa, características que tendem a uma perfeição também milimétrica.
Os atiradores se tornam pessoas rigorosas consigo mesmo, criteriosas nos seus afazeres, zelosas nos seus objetos.
É comum que eu visite as residências de amigos meus atiradores e verificando seus escritórios noto um esmero exagerado na arrumação e colocação das coisas sobre as mesas nos armários. Um requinte de organização que nos leva àquelas medidas milimétricas com que efetuam os ajustes em suas armas.
Seus carros são limpos com o cuidado com que se limpa uma arma. Seus projetos desenhados na ponta de esquadros e paquímetros digitais. Seus negócios obedecem uma linha tão rigorosa quanto às miras efetuadas na pratica do esporte.
Sua mente desenvolve capacidades de argumentação, lógica, ética, moral, e de raciocínio em geral conjugando fatores e conhecimentos de todas as esferas do saber adquirido, tal qual efetua as operações de recarga.
Sua convivência social se dá na mesma proporção íntima da relação entre atirador e spotter.
Um atirador é uma pessoa da qual deve-se ter um grande respeito pelo seu saber e sua forma de agir, eis que age sempre antecedendo seu pensamento ao ato a ser praticado. Ou seja, um atirador quando vai proceder a qualquer trabalho, quando vai emitir uma opinião sempre analisa, aquilata, pesa e sobrepesa antes de efetivamente agir e falar.
Geralmente todo atirador é excelente na cozinha. Sim! Verifique que na composição e elaboração de cargas e recargas é exigido dele muito mais que a fritura de um ovo. Em churrascos que vou, os atiradores e especialmente os dedicados à caça são os primeiros a cortar e temperar a carne. Tenho um grande amigo, atirador com arco que é exímio gourmet com a cozinha chamada de ‘pratos finos’, seu convite para jantar é uma alegria para os comensais.
O atirador deve sempre obedecer às regras de uma determinada arma, utilização de pólvoras, pontas etc. assim sendo sempre está atrelado a normativos que determinam o limite de seu agir. Neste contexto surge no atirador uma pessoa obediente ás regras legais (jurídicas) e ás demais regras sociais (morais, religiosas, culturais). Obediente a tais mandamentos sempre é cidadão cumpridor de seus deveres e obrigações.
E agora a mais importante característica que verifico na maioria arrasadora de todos os atiradores: o bom humor.
Depois de saber o efetivo resultado de um tiro, especialmente os caçadores que já viram caças decepadas e os praticantes de silhueta metálica que já furaram os alvos que geralmente são de aço, os atiradores descobrem o potencial mortífero de uma arma. Com isto jamais são incapazes de sequer imaginar fazer uso das mesmas contra seus semelhantes senão em ocasiões de extremada necessidade. O uso de uma arma nas mãos de um atirador contra uma pessoa somente se dá depois que todos os outros meios já foram tentados e não obtiveram sucesso. Não raro quando fazem uso não o executam de maneira mortal, mas apenas paliativa à situação.
Assim sendo vêem a efemeridade de uma vida. Com isto tornam-se pessoas alegres, divertidas que estão sempre a aproveitar este dom maravilhoso que é viver.
Todo atirador é um ‘piadista’. Todo atirador é bom em sátiras. Sempre rodeado de amigos faz a alegria crescer à sua volta. Todo atirador é bom companheiro para as noitadas. É bom na cozinha como já disse. E na cozinha bem elaborada que se ganha os amigos.
Ufano aqui neste texto o atirador para demonstrar que este cidadão desenvolve suas características de forma ímpar. O esporte constrói uma personalidade desejada no convívio social. Não quero dizer que outros esportes não levem às mesmas benéficas conseqüências pessoais. Digo sim que o tiro é uma forma de vida instrutiva e criativa.
Estou a vangloriar esta categoria esportiva eis que vejo alguns cidadãos que ao que me parece tem receio de anunciar que praticam este desporto. Tenham orgulho desta recreação, desta atividade que somente benefício traz. Não seja, caro amigo, preconceituoso consigo mesmo. Pratique a ufania ao atirador.
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