Assistindo a um filme sobre a degeneração de um homem sob as garras do câncer, que não só silenciosamente o matava, como também o extirpava de seus amigos.
Indo à varanda, com aquele personagem ainda na cabeça, tive uma cena tão memorável a fazer merecer sua inserção naquele filme: um gavião pousado em alerta sobre o galho de uma magnífica mangueira alimentava-se avidamente de um outro pássaro.
Na ficção, sedento e esfomeado o câncer se alimentava e sucumbia o querido de uma sociedade de amigos. Na realidade, menos um cantador que agora é servido como prato principal de um caçador dos ares.
E eu, ali, fumando, assistindo a tudo.
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