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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Relatório da ONU põe eficácia do desarmamento em dúvida

Matéria no jornal O Estado


Um estudo das Nações Unidas sobre os homicídios em âmbito mundial pôs em xeque a crença dos defensores do desarmamento como política de segurança pública. De acordo com o estudo, não há como se estabelecer cientificamente uma relação entre a quantidade de armas em circulação e as taxas de homicídio, sendo possível, inclusive, que esta correlação se opere de forma inversamente proporcional.


O relatório, divulgado no início deste mês, é fruto de estudo do Escritório da ONU para Drogas e Crimes da organização. “É a primeira vez que as Nações Unidas reconhecem inexistir comprovação científica de que a redução na quantidade de armas em circulação possa reduzir a criminalidade, fato que, até então, vinha sendo tomado como verdade absoluta”, afirma Bene Barbosa, especialista em segurança pública e presidente da ONG Movimento Viva Brasil.


Para Barbosa, alguns aspectos do relatório são cruciais para o entendimento do fenômeno da violência: “Primeiro, temos que considerar a contundente afirmação registrada no relatório de que a absoluta maioria dos proprietários de arma de fogo não tem nenhuma correlação com atividades criminosas e usam estas para finalidades lícitas, como instrumento de defesa”.


Outro dado digno de destaque no relatório da ONU, segundo o especialista, "é o também inédito registro, em um estudo da ONU, de que a relação entre armas e homicídios é completamente falha, pois são vários os exemplos de locais em que o acesso àquelas é facilitado e as taxas de homicídio são baixas, da mesma forma que, em outros locais com armamento escasso, os homicídios são altíssimos”.


O EXEMPLO DO NORDESTE
Já para o pesquisador em segurança pública Fabricio Rebelo, coordenador do Movimento Viva Brasil no Nordeste, o estudo há de ser recebido com naturalidade: “Desde a divulgação do ‘Mapa da Violência 2011’, em fevereiro, já havia ficado claro que, no Brasil, a relação entre a quantidade de armas e a de assassinatos é imprópria, pois que a região do país campeã em tais crimes é a mesma onde há menos armas em circulação: o Nordeste.”


Para o pesquisador, “o relatório da ONU é a ratificação, em âmbito mundial, de todos os estudos que já vinham demonstrando que não há qualquer relação entre a facilidade de acesso do cidadão às armas de fogo e o aumento nas taxas de homicídios, os quais, em verdade e como também registra o estudo, estão diretamente relacionados às atividades criminosas, como o tráfico de drogas”.


“O relatório, tendo como origem justamente a entidade que mundialmente mais vinha se empenhando pelo desarmamento, deve, no mínimo, promover uma profunda reflexão naqueles que defendem a tese apenas por uma questão de ideologia”, conclui Rebelo. O relatório do estudo, na íntegra, pode ser acessado na página do Escritório da ONU para Drogas e Crimes: (http://www.unodc.org).

 

comentando a notícia

Em recente e muito proveitoso encontro meu com o maior estudioso do desarmamento do Brasil, Professor Bene Barbosa, que defende ardorosamente a conclusão do Relatório da ONU, já debatíamos tais prováveis resultados.

Note-se que a própria ONU dá sinais que a equação pode ser inversa: QUANTO MAIS ARMAS, MENOS CRIMES!

Tenho para mim que o estudo deve estruturar um “diálogo” com o poder legislativo a não fazer as suas ‘aventuras’ no sentido de coibir e restringir o uso de armas de fogo.

Compreender o que os ‘alienados’ defensores do “anti-armas” pretendem é deveras simples notando que na sua maioria são apenas pessoas que desafazeres por demais e sustentações de menos. Num mundo de ficção que vivem não terão a mínima condição de dar eficácia a seus argumentos aqui no mundo real.

Mais uma vitória PRÓ-ARMAS que temos de levar – E MUITO – em consideração para as próximas ações governamentais e para as diretrizes sobre o tema!

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