Perguntei por demais “onde estão?”
Olvidei de questionar onde eu estava
Que procura haverá de ser esta?
Onde encontrar-me?
Todos aqueles que eu desconhecia a procedência
Se não foram encontrados é porque não os vi
Na minha cegueira humana não via os humanos
Onde andará um, onde estará outro?
Estão por ai. Só não vê porque não quer
Não se vê nos outros qualidades que não temos
Será esta a minha busca? Ver-me para vê-los?
Para ver todos tenho de tê-los em mim
Com isto a busca não se finda
Mas a vontade impele a procura
Ver o de bom é ser bom
Nada vejo! Nada sou!
Infelicidade cruel querer e não poder
Poder e não ter vistas para encontrar
Feliz o dia da visão plena no outro
Ver, vê-lo, ver-se
Que olhos são estes que abandonam o mundo real
Procurando o sentimental sem sentimentos
É como empreitar jornada sem matula
Parece ter saber, não mais que um indigente atrevido
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