Maria foi namorar um garanhão.
Tudo é festa, tudo é tesão.
Quem é seu pai, quem é teu irmão?
Maria bradou para o céu:
Viva a vida sem véu.
Lambuze-me de mel.
Maria nada pergunta sobre o belo.
Vive a cantar e louvar o seu soberbo.
“Como é belo meu belo”.
Não sabe da sogra.
Não pensa na hora.
Tudo sem demora.
Nos olhos de Maria só o amor.
Não sabe que por aí vem dor.
Ruma de amor para dor!
Vida velha de velho ver.
Maria desencanta quando vem saber,
Trata-se o belo de medíocre ser.
Maria chora desconsolada.
Vê-se agora deflorada.
Sem razão, se amor, desafortunada.
Oh! Maria-vai-com-as-outras.
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