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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Vai Maria…

Maria foi namorar um garanhão.

Tudo é festa, tudo é tesão.

Quem é seu pai, quem é teu irmão?

Maria bradou para o céu:

Viva a vida sem véu.

Lambuze-me de mel.

Maria nada pergunta sobre o belo.

Vive a cantar e louvar o seu soberbo.

“Como é belo meu belo”.

Não sabe da sogra.

Não pensa na hora.

Tudo sem demora.

Nos olhos de Maria só o amor.

Não sabe que por aí vem dor.

Ruma de amor para dor!

Vida velha de velho ver.

Maria desencanta quando vem saber,

Trata-se o belo de medíocre ser.

Maria chora desconsolada.

Vê-se agora deflorada.

Sem razão, se amor, desafortunada.

Oh! Maria-vai-com-as-outras.

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