copiado do paraensedeminas de Luiz Viana David
Faleceu no inicio desta noite, no Hospital São João de Deus, em Divinóplois, o genealogista, historiador e pesquisador Gilson Magela Campos. Ele estava hospitalizado há dez dias, vitimado por um aneurisma cerebral. Gilson era funcionário público municipal, formado em História pela FAPAM e integrou o grupo de pesquisadores denominado “Mesopotâmia Mineira”. Há dez anos vinha pesquisando a história de Pará de Minas desde os os seus primórdios, anteriores mesmo ao arraial do Patafufo. Pretendia publicar o resultado de seu trabalho no inicio de 2013. Seu sepultamento deverá acontecer na tarde de amnhã, terça-feira, 14, no cemitário de Santo Antonio, em horário a ser confirmado pela familia.
Alguns textos de autoria de Gilson Magela Campos estão disponiveis no site do museu de Pará de Minas www.muspam.com.br.
Mas o blog paraensedeminas publica a seguir um deles:
Manoel Gomes Baptista, Patafufo?
Gilson Magela Campos
Graduado em História pela FAPAM
Pós-graduado em História e Cultura Afro-Brasileira pela PUC/MG
Genealogista
Partindo da informação que Dr. Wilson Baptista, 92 anos, advogado, neto de José Marciano Gomes Baptista, o “Pirula”, apelido daquele que foi um dos primeiros boticários paraenses; bisneto do Cônego Dr. José Marciano Gomes Baptista, portanto, tetraneto do Alferes Manuel Gomes Baptista, o Patafufo [1], vamos evidenciar fatos para entendermos os mistérios do lendário “Diamante do Abaeté” que trouxe à nossa realidade a figura mítica do Alferes Manoel Gomes Batista, até então, o Patafufo.
Nas Efemérides Mineiras, de José Pedro Xavier da Veiga, na data de 24/05/1797, temos a informação transcrita do Recopilador Mineiro, de 1º de Agosto de 1872, com relato escrito pelo Rev. Dr. José Marciano Gomes Batista:
O Alferes Manuel Gomes Batista, paulista de origem e até descendente de caiapós, estabeleceu-se em Lavras do Funil; e passando por ai um outro paulista, seu parente e amigo, deu-lhe um roteiro que indicava a mata da Corda (…) o alferes Manuel Gomes, nos fins de 1796, dirigiu-se para àquelas paragens (…). [2]
Na obra O Diamante do Abaeté & Outros Contos, Rubens Fiúza transcreve uma citação do Cônego Dr. José Marciano que se refere ao seu avô:
Eu não conheci meu avô Manoel. Quando ele morreu, em 1809, eu ainda não era nascido. Ele morreu na sua Fazenda das Gerais, no município de Dores Indaiá, em conseqüencia de uma apoplexia, doença que naquele tempo eles chamavam pelo estranho nome de “ramo de estopor”. Morreu relativamente moço, pois mal tinha passado dos 60 anos de idade. [3]
Perfazendo a genealogia do Alferes Manoel Gomes Batista, podemos desmistificar algumas lendas e comprovar o que é de fato verdadeiro. Seria incoerente afirmar que ele é realmente o Patafufo, responsável pelas origens de nossa atual Pará de Minas. Fato é que, as verdades históricas são apontadas através de documentos que confirmam sua origem.
Através do processo De Genere, vita et moribus de José Marciano Gomes Batista, datado de 1833, sob os cuidados do Arquivo Eclesiástico da Cúria de Mariana, podemos verificar o seu veio familiar:
José Marciano Gomes Baptista, natural e baptizado na V.a. de Sabará deste Bispado, filho legitimo do Cap.m Antônio Gomes Bap.ta e D. Narciza Adriana dos Stos. esta natural e baptizada na Villa de Sabará, e aquelle natural e baptizado na Freg.a Lavras do Funil (…) pelo lado Paterno he Netto de Mel. Gomes Bap.ta, e D. Ignez Clara de Jesus (…) ambos naturais comarca de São João dEl Rey. [4]
Nessa citação, confirmamos a filiação e ascendência do referido habilitando às ordens e reportando ao Arquivo Eclesiástico da Cúria de São João del Rei, no livro 02 de casamentos da Freguesia de Carrancas, encontramos o seguinte registro de matrimônio:
Aos dose dias do mês de Abril do anno de mil sette centos e settenta e quatro, nesta Parochial Igreja de Nossa Senhora da Conceipção das Carrancas e Santa Anna das Lavras do Funil, sendo feita as tres canônicas admoestrações na forma do Sagrado Concilio e com Provisão do Reverendo Doutro Vigario da Vara desta Comarca, de Solteiros, Livres e dezempedidos pelas des horas do dia em prezença do Reverendo Parocho desta Freguesia Manoel Afonso e das testemunhas o Capitam Francisco Alves Sandim e João da Silva Ribeiro de Queirós celebrarão palavras de presente o Sacramento do Matrimônio Manoel Gomes Baptista filho legitimo de Manoel Gomes Batista e Maria Gonçalves da Rocha natural e baptizado na freguesia de nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo, e Ignes Gomes de Jesus filha legitima de Luis Gomes e de Ignes Clara de Jesus natural e baptizada nesta freguesia das Carrancas onde todos são fregueses e moradores e logo receberão as bençãos na forma do Ritual Romano de que fiz este assento que assigney. O Coadjutor Manoel Afs. da Cunha Per.a [5]
Analisando a certidão de casamento eclesiástico, acima transcrita, confirmamos que o Alferes Manoel Gomes Batista e Inês Gomes (ou Clara) casaram-se em 12/04/1774 em Carrancas/Lavras do Funil, ele natural de Borda do Campo, atual Barbacena, e ela de Carrancas/Lavras do Funil.
Inês Gomes (ou Clara) nasceu em 1752 e foi batizada na Igreja Nossa Senhora da Conceição de Carrancas [6], filha do português Luiz Gomes Ferreira e Inês Clara Jesus, neta paterna de Martins Gomes e Felícia Cardosa e materna de Artur da Rocha, natural de Guaratinguetá e Maria das Neves, natural de Baependi.
Em 1807 Inês residia, provavelmente, na Fazenda das Gerais, pois no Livro 01 de assentos de batismos de Dores do Indaiá consta:
Aos 30 de 7bro de 1807 Baptizei e pus os Sanctos oleos a João f.o. Leg.mo de Lourenço Justiniano de Noronha e Maria Ter.a. da Assumpção forao Padrinhos o Alf. Mel. Gomes Bap.ta subestabelecendo mais vezes por procuração Mel. Bap.ta Gomes e D. Ignez Clara de Jesus [7]
No Arquivo Eclesiástico da Cúria de Mariana, em um dos livros de assentos de batismos e casamentos da Freguesia de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo, localizamos o seguinte registro:
Aos vinte e sinco dias do mes de Junho de mil Sete centos e quarenta e dous eu o Pe. Joze de Freitas, na pia baptismal desta freguezia de N. Sr.a. da Piedade da Borda do Campo Baptizei solennemente e puz os Santos Oleos a Manoel filho de Manoel Gomes e de sua Mulher Maria Gonçalves da Roxa forão Padrinho Manoel de Azevedo e madrinha (…) da Silva filha de Domingos Borges ela solteira todos desta freguezia e por ser verdade faço este acento hoje em dia, mes e era et supra. O Vig. Pe. Jozé de Freitas [8]
Com base nessa certidão, verificamos que o Cônego Dr. José Marciano desconhecia o local de nascimento de seu avô, porém tinha noção da idade aproximada do mesmo. Ainda, no mesmo livro onde se encontra esse assento de batismo, encontramos o casamento de seus pais conforme abaixo:
Aos seis dias do mes de Setembro de anno de mil sete centos e quarenta e hum pelo meyo dia nesta Igr.a. Matris de N.Sr.a. da Piedade da Borda do Campo feytas as denuciassoes na forma o Sagrado Concilio Tridentino e const. e Julgados sem impedimento algum pello Rev.o. D.or. Vigr.o. desta com.ca. Amaro Gomes de Oliveira eu o Pe. Joze de Freitas em minha prezenssa receberao in facie iclesia por pallavras de prezente Manoel Gomes Bap.ta. filho legitimo de Bautista João e de sua mulher e de sua mulher Antonia Gomes n.al da Frg.a. de São João de Chabam termo de Barcellos Arcebispado de Braga com Maria Gliz. da Roxa filha legitima de Simão Ayres Correa e de sua mulher Ignes Gliz. Natural da Villa de São Francisco das Chagas de Taubate deste Bispado do Rio de Janeyro e lhes dey as bençois forao testimunhas Fran.co. Luis Vitancor e Domingos Borges da Silva e Antonio da Silva e todos desta freg.a. e por ser verdade fiz este acento era dia e mês et supra. Vig.o. Declaro que forao julgados sem impedim.to pelo Re.do. D.or. Vigr.o. da vara desta com.ca asima mencionado. Vigr.o. O Pe. Jozé de Freitas. [8]
Manoel Gomes Batista, homônimos, pai de origem portuguesa, natural de São João de Chabam, Arcebisbado de Braga e a mãe paulista. A partir do documento acima, podemos desfazer as lendas que circundam a vida do português Manoel Gomes Batista que se perdera da bandeira de um Taques e que convivendo com os caiapós, casara-se com uma índia da tribo [1]. Na realidade, o dito português casou-se com a descendente de uma família tradicional, cuja ascendência já se encontrava em São Vicente e outros lugares de São Paulo desde a primeira metade do século XVI, descartando assim a descendência indígena direta.
Simão Ayres, que vivia em Taubaté-SP até 1708, sogro do português Manoel Gomes Batista, era bisneto de Diogo Arias de Aguirre, que veio para o Brasil mandado para S. Vicente e S. Paulo por dom Francisco de Sousa, vice-rei do Brasil, como capitão-mor governador e ouvidor da capitania com patente de 27 de Novembro de 1598, e tomou posse em S. Vicente a 18 de Dezembro do mesmo ano. Esta verdade consta do liv. de registro, Tit. 1598, fls. 21 a 23, que se acha na câmara de S. Paulo [9]
Ainda sobre os Aguirre, a obra Genealogia Paulistana nos informa que Diogo Arias de Aguirre casou em Santos com Marianna Leitão de Vasconcellos, f.ª de Antonio de Oliveira, cavaleiro fidalgo de dom João III, em cujo serviço passou ao Brasil, trazendo sua mulher Genebra Leitão de Vasconcellos. Este Oliveira foi o 1.° capitão-mor governador e 2.° loco-tenente do donatário Martim Affonso; e em 1553 passou Oliveira a S. Paulo e sua 1.ª povoação (Santo André) criou vila em 8 de Abril de 1553. [9]
O português Manoel Gomes Batista e Maria Gonçalves da Rocha tiveram, ao menos:
- Manoel Gomes Batista, futuro alferes, objeto deste estudo.
- Tereza Gomes da Rocha, casada com João Gonçalves da Fonseca, filho da famosa ilhoa Antônia da Graça. Tereza Gomes. Viveu e faleceu na Parada do Rio Verde de Santo Antônio do Vale, atual Campanha. [10]
- João Gomes Batista, casado em 1773, em São João del Rei, com Joana Maria da Conceição, pertencente à tradicional família Gomes do Nascimento, cuja ascendência e descendência são descritas pela pesquisadora Apparecida Gomes Nascimento Thomazelli em sua obra As Famílias de Nossas Famílias. João Gomes e Joana foram residentes em São Tomé das Letras. [11]
- Inês Gomes da Rocha, que no estado de solteira teve dois filhos e depois se casou com Sebastião Barbosa Raposo. Ela redigiu seu testamento em 1805 em São João del Rei e faleceu em 1811 em Lavras do Funil.
Quanto ao parentesco próximo do português Manoel Gomes Batista e João Gomes Baptista, o mestre talhador e mestre de Aleijadinho [1] é algo que ainda temos que pesquisar. Este parentesco deve ser com Inês Gomes, esposa do Alferes Manoel Gomes Batista, pois o Mestre João Gomes, conforme declarou em seu testamento redigido aos 13/12/1788 em Vila Rica, é filho de uma Felícia dos Santos Cardoza e Inês Gomes, neta de Felícia Cardosa. Vejamos o trecho do testamento:
Sou natural da cidade de Lixboa filho legítimo de João Gomes da Silva e Felicia dos Santos Cardoza ambos já falecidos e sempre me conservei no estado de solteyro em o qual nunca tive filho algum nem parente algum vivo e que pudesse instituhir por meu herdeyro dos meus bens; [12]
O Abridor dos Cunhos da Real Intendência, João Gomes Batista, faleceu em 24/12/1788 e foi sepultado na Capela da Ordem Terceira de São Francisco, na então Vila Rica.
O lugar denominado Patafufo tem Provisão Episcopal e licença para ereção da Capela datada de 02/07/1772 [13]. Se confrontarmos os períodos do casamento do Alferes Manoel Gomes Batista e Inês com a data da provisão da Capela, não haverá coerência ao afirmar que o nome do local foi dado devido ao “apelido” da pessoa desse Alferes Manoel. Será que o Alferes Manoel Gomes Batista veio para estas terras [Pará de Minas] antes dos 30 anos de idade e depois voltou a Lavras do Funil para se casar? Possivelmente não, pois conforme citei acima, o Cônego Dr. José Marciano diz que ele seguiu para as paragens da Mata da Corda pelos idos de 1796.
O orago de Nossa Senhora da Piedade do Patafufo, imagem que também é padroeira nas terras da Borda do Campo, onde nasceu e foi batizado o referido Alferes Manoel Gomes Batista pode ter sido venerada neste território [Pará de Minas] devido à influência dele como dono de estalage ou mercador, conforme textos citados na bibliografia, caso realmente tenha passado por esta paragem, aqui se estabelecido e obtido relevante importância, pois a Provisão Episcopal não faz referência à devoção do oraculu. Mas tal hipótese é pouco provável. Esse desbravador, então, não seria conhecido como o Patafufo e sim como “Alferes Manoel Gomes Batista do Patafufo”, agregando o nome do lugar à pessoa do mercador.
A Mata do Cego, que é uma antiga Fazenda das terras patafufas, teve sua história ligada à do cito Alferes Manoel Gomes Batista, conforme:
(…) na Mata do Cego – referência da trilha do Caminho do Pitangui citada no mapa do Padre Cocleo – se desenvolveu dois núcleos, o do Paciência, onde José Nunes de Camilo Lélis, além de minerar fazia do seu rancho um paradouro de estalage e o do Patafufo onde também Manuel Gomes Baptista tinha seu arranchadouro [14].
Acredito ser um equívoco agregar o nome do pai do “descobridor do Diamante do Abaeté” a esta Fazenda da Mata do Cego, pois nessa paragem do Paciência existiu um outro Manoel Gomes que parece ter gozado de algum prestígio e ser o verdadeiro mercador do Patafufo.
Se a Mata do Cego dos Penteados; o arranchadouro do Manuel Gomes Baptista, o Patafufo [14]; a lenda proferida por muitos da antiga Pará de Minas que ele era um português “baixinho e gordinho” possa ter alguma veracidade, esse outro Manoel Gomes, português, proprietário de huma rossa de cultura cita na Mata dos Cegos [15] e ainda não estudado será o princípio para se decifrar o Patafufo.
Ele, Manoel Gomes, redigiu seu testamento em 02/01/1798 na Mata do Cego e faleceu em 29 de Junho de 1803 na mesma Fazenda. O documento está no Arquivo Judiciário de Pitangui, cujas partes dizem:
Declaro que sou natural da Freguesia de Santiago e Senhora da Graça do Couto de Cambezes Arcebispado de Braga filho legitimo de Manoel Martins, e sua mulher Maria Gomes ambos falecidos (…) meu corpo será amortalhado no Abito de São Francisco e sera conduzido a Capela de Nossa Senhora da Piedade do Patafufo Filial desta Matriz da Vila de Pitangui. (…) Declaro que sou cazado com Maria Alves de cujo matrimônio tivemos quatro filhos João, Manoel, Mariana, Damaso todos naturais desta Freguesia de Pitangui Bispado de Mariana. Declaro que a fazenda que possuo de prezente hé huma rossa de cultura cita na Mata dos Cegos, huma morada de casas cobertas de telhas com uma moradas (…) dois caixons quatro caixas duas com feixaduras, tres catres, seis celas, hum Engenho de muer cana, tres taxos, hum lambique quatro espumadeiros hum tanque, hum paiol coberto de telhas, hum moinho tambem coberto de telhas com seus (…) hum monjollo coberto de capim e assim mais uma morada de casas sope da Capella digo atras no Arrayal do Patafufo coberta de telha com seu quintal cercado de braunas com seus arvoredos de espinhos e assim mais huma no sope ao pe da Capella e assim mais os escravos a saber [13 escravos] e assim mais nove juntas de Bois (…) seis vacas com suas crias, nove bestas muares(…) cinco cavalos (…) cincoenta cabeças de porcos, trinta cabeças de ovelhas. Declaro que possuo mais huma Fazenda no Couto de Cambezes Arcebispado de Braga. (…) Declaro que meu testamenteiro das noventa Missas que mandei dizer se dirão quarenta e oito que se dirão em louvor de São Gregorio pela minha Alma ficando quarenta e duas que tambem mandarão(…) rogo novamente a Manoel Gomes dos Santos, Damaso Gomes Martins e João Gomes Alves meus legitimos herdeiros nesta(…) assignei Hoje Mata a vinte e dois de Janeiro de mil setecentos noveita e oito Manoel Gomes [15]
Analisando a transcrição do testamento acima, podemos afirmar que o arraial fazia parte de uma estrutura de mercado interno cuja economia agropecuária abastecia outros mercados, como produção do acúcar, aguardente, gado vacum, cavalar e suíno [14] conforme fala o Doutor em História Flávio Marcus da Silva.
Entendemos que o dito Manoel, devido ao engenho, quantidade de ovelhas, escravos e juntas de bois listados no testamento, comercializava os produtos que produzia e, por esse mesmo documento comprova-se que era dono de uma pequena fortuna, mas contudo não se desfez de sua propriedade em Portugal.
Quanto a seus filhos João Gomes Alves, casado com Maria Antônia, cuja descendência se encontra até hoje em terras patafufas; Manoel Gomes dos Santos, Mariana Eufrásia de Jesus e Dâmaso Gomes Martins, falecidos solteiros e residentes na Fazenda Mata do Cego até idos de 1821, quando Dâmaso ainda estava vivo.
Possivelmente esse Manoel que apresentamos é o citado no Inventário do Capitão Antônio Pinto de Miranda, datado de 1795, arquivado no IPHAN de São João del Rei, conforme:
(…) casas no fundo do dito arraial coberta em parte de telha com partes de capim, arruinadas, que foram de Manuel Gomes com seus fundos [1]
Certificando-se com o texto acima, devido aos nomes comuns, talvez tenha havido incoerência ao analisar os fundamentos históricos e afirmar que o Alferes Manoel Gomes Batista é o Patafufo. Fato é que este outro Manoel Gomes, falecido em 1803, tem mais probabilidade de ser o homem que cedeu seu apelido ao arraial em formação.
Fontes:
[1] MOURÃO, Maria da Graça Menezes. Patafufo, o mameluco caiapó de Lavras do Funil – www.muspam.org
[2] VEIGA, José Pedro Xavier. Efemérides Mineiras. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998
[3] FIÚZA, Rubens. O Diamante do Abaeté & outros contos. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1988
[4] Arquivo Eclesiástico da Cúria de Mariana – Processo De Genere nº 1003 – ano 1833
[5] Arquivo Eclesiástico da Cúria de São João del Rei – Livro 02 Casamentos – Carrancas
[6] Arquivo Eclesiástico da Cúria de São João del Rey – Livro 01 batismos – Carrancas
[7] Arquivo Judiciário de Pitangui – Inventário de Lourenço Justiniano de Noronha – 1834 – s/nº
[8] Arquivo Eclesiástico da Cúria de Mariana - Livro D10 – Barbacena 1737 a 1751
[9] LEME, Luiz Gonzaga da Silva. Genealogia Paulistana vol. IX
[10] BARBOSA, Valdemar de Almeida. Dicionário Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Editora Itatiaia Ltda, 1995
[11] THOMAZELLI, Apparecida Gomes do Nascimento. As Famílias de Nossas Famílias. Belo Horizonte: Oficinas Gráficas da FAAP, 1984
[12] LANGE, Francisco Curt et al. Barroco – vol.05. 1973
[13] Arquivo Eclesiástico da Cúria de Mariana – Livro de Provisões 21-05-1772 à 05-10-1772 pp. 6v. e 7
[14] MOURÃO, Maria da Graça Menezes. De “Paradouro de estalage” no caminho para as Minas do Pitangui à Cidade do Pará (1877)
[15] Arquivo Judiciário de Pitangui – Testamento de Manoel Gomes – 1803 – s/nº
Em 28.09.2010.