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terça-feira, 6 de março de 2012

Arsenal Tupiniquim

por Rafael Crocetta Rabelo.

 


Notícia do G1 informou em manchete:


Operação conjunta com PM do Ceará apreende armas e munições na PB. Conforme a PM, comerciante de 72 anos seria dono do arsenal encontrado.


Material foi recolhido pela polícia em Cachoeira dos Índios, no Sertão.
O jornalista, sagaz em seu furo de reportagem deu conta que:[...]
Segundo a PM, na casado aposentado foram encontrados três revólveres, sendo um calibre 22 e dois calibre 38, uma espingarda calibre 12 e outra calibre 28, além de cinco espingardas artesanais e mais de 100 munições compatíveis com as armas apreendidas.
                O arsenal tupiniquim relatado pelo jornalista e pela polícia demostra muito bem a ignorância que permeia o jornalismo brasileiro com as armas de fogo no país e até mesmo o sensacionalismo policial, que incapaz de alcançar crimes de alguma monta, faz propaganda torpe de seu feito.
                Qualquer um que tenha algum conhecimento em armas de fogo é sabedouro que o respectivo “arsenal” não passa de um punhado de armas de pequeno poder fogo na posse de um coitado aposentado, que no auge de seus 72 anos talvez tivesse o “infeliz” gosto por caçar alguns animais para comer com suas espingardas e a proibida vontade de defender seu lar com seus ultrapassados revólveres, talvez única razão que mantinha esse pobre aposentado em vida.
                Caçar velhinhos com seus “arsenais” é coisa típica de uma legislação torpe e pouca sabedoura em diferenciar criminosos reais de criminosos imaginários. A injustiça propagada por esse tipo de lei põe na mesma vala comum um pobre aposentado,provavelmente alinhado, e que muito provavelmente mal algum faria com um montante de armas de pequeno poder de fogo, com verdadeiros criminosos.
                Enquanto isso segue a temporada de explosões a caixas eletrônicos e a contabilização do grande números de jovens mortos no país, em sua grande maioria vítimas da falta de oportunidade, que os leva para guerrear no rentável mundo do tráfico de drogas.    
Rafael Crocetta Rabelo.

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